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Melhores Discos de 2013 (25 - 21)

2013 foi o ano em que o Vanguart cantou o amor como ninguém. Seu disco Muito Mais Do Que Amor é muito amor! O trocadilho é bobo, mas o disco é muito amor mesmo. Foi também o ano da reabilitação do Franz Ferdinand. Ter nome no mercado não importa muito quando se faz um disco bonito como o do Ola Podrida nesse ano. O mix folk-rock-punk do Frank Turner não passou batido e mais uma vez a Camera Obscura nos agraciou com um simpático álbum.
  


25. Frank Turner - Tape Deck Heart
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Em 2013 o cantor britânico Frank Turner jogou todas as suas experiências do mundo da música em seu quinto disco, Tape Deck Heart. Quando você ouve a ventura de Recovery você não só percebe uma flechada pop, mas também uma certa revolta carregada na música. Com seu violão sempre elétrico o cantor faz um folk despojado em Losing Days e por esses caminhos eles se envereda fazendo canções estimulantes. As tags encontradas para o cantor aponta uma referência punk, que teima em vir mascarada no começo do disco, é declarada na faixa Four Simple Words onde o cantor, com um discurso inicial, nos deixa primeiro desinteressados pela música para logo depois nos acordar com sua euforia em três acordes. De maneira inteligente Frank Turner vai pontuando suas vivências do folk, do rock e do punk no decorrer do disco sem favorecimentos.


24. Vanguart - Muito Mais Do Que Amor
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Hélio Flanders e sua trupe encontrou no pop um terreno confortável para tocar o seu folk e pra falar de amor de uma forma mais lúcida e sincera. No seu terceiro disco, a banda criou uma textura homogênea recheada de baladas realçadas pela aura pop, desta vez, mais delineada pela banda. As letras elucidam o amor e ganham vida com melodias cheia de entusiasmo. A flechada certeira do disco é a faixa Estive que carrega na sua fórmula violão e violino animados como se estivessem encenando uma serenata em plena luz do dia. A estratégia para criar um disco conciso além de bonito foi lançar pilares que fossem capaz de suportar todo o sentimento estampado nas músicas sem diluí-lo em algo totalmente meloso. Um desses pilares é a faixa Sempre Que Estou Lá quando o Vanguart pede emprestado algumas notas do brega para introduzir uma música festiva e um tanto dançante. Nessa música você é levado a crer que a banda apenas reconta uma história do brega, mas não, alguns segundos depois você se dá conta de que é o Vanguart encontrando outra maneira de entoar o amor. (Nota retirada da resenha do disco.)


23. Ola Podrida - Ghosts Go Blind
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A Ola Podrida é mais uma banda, que assim com o The Dodos, é pouco badalada, mas que sabe fazer o dever de casa bem feito. Na ausência de holofotes a banda vai fazendo o rock permear em um produtivo terreno folk. Not Ready To Stop tem um efeito progressivo projetando as guitarras para um plano mais ativo onde a disposição delas é dada por riffs afinados que logo se transformam num turbilhão de notas. Um folk sensível com uma estima pop na baladinha cantada a dois, Fumbling For The Light, é outro motivo para aumentar nossa simpatia pelo disco. Em muito, a elegância de um folk detalhado e cantado com decoro nas faixas Staying In e Ghosts Go Blind nos inclina pra satisfação pra só senti-la por completo com a empolgante Speed Of Light.


22. Franz Ferdinand - Right Thoughts, Right Words, Right Action
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O Franz Ferdinand é mais uma dessas bandas de renome que procurou modificar os princípios que regiam seus trabalhos a fim de repaginar suas músicas. Esse objetivo se fez presente no perigoso Tonight (2009) onde a banda arriscava em possibilidades e tudo parecia está ao seu alcance com sua ambição. Seu quarto disco veio despregar o Franz Ferdinand de um plano escorregadio para colocá-lo num terreno mais consistente onde as possibilidades se transformaram em acertos como a roqueira Bullet. A distorção e um lado imperativo que orientavam os dois primeiros trabalhos do grupo aparecem mais amortecidas nesse disco, e agora, o grupo demonstra uma intimidade maior com o pop como na dançante Love Illumination. Em Right Thoughts, Right Words, Right Action, Alex Kapranos e companhia não se deram ao luxo de viajar pelo inusitado ou querer causar além da conta. Ao invés disso, foram mais objetivos e certeiros em meio a pequenas mudanças.


21. Camera Obscura - Desire Lines
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"Quem é rainha nunca perde sua majestade." Bom, a frase não é bem essa, mas em se tratando da Camera Obscura a adaptação é necessária para olhá-los como referência do indie/twee pop atual. O grupo escocês liderado pela vocalista Tracyanne Campbell lançou seu quinto disco de estúdio Desire Lines encoberto por uma candura e um véu pacífico onde qualquer perturbação ficou fora de cogitação. Repleto de melodias afáveis, o disco encanta pela delicadeza e inocência do vocais de Campbell, pela maciez da guitarra, pelo compasso sereno do baixo e bateria e um teclado pra confirmar o clima civilizado e harmônico do disco. Do It Again e Break It To You Gently são os hits chicletes sempre marcante em seus álbuns. Em Desire Lines a Camera Obscura aparece mais uma vez cheia de graça para a nossa alegria.

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