Resenha: Telekinesis - Dormarion (2013)

Poucas bandas demonstram ter a capacidade de melhorar seu trabalho disco após disco. Sempre numa crescente, Michael Benjamin, o mentor intelectual por traz da banda Telekinesis, otimizou seu trabalho com o terceiro disco do grupo, Dormarion. A banda, que em muito vive condicionado a uma aura pop, agora usa mais a força da guitarra e do baixo para dar uma aparência mais robusta em suas canções e de quebra dá uma pincelada eletrônica bem dinâmica em algumas faixas como em Ghosts and Creatures.

Power Lines e Empathetic People formam uma dobradinha que conjugam o pop e o rock causando uma boa impressão e uma energia contagiante logo no início. Um impacto ainda maior é na avassaladora Wires com uma roupagem post-punk com riffs abafados e acelerados. Embora pareça estranho pensar na voz do Michael nessa levada, o cantor conseguiu adaptar bem sua voz nessa pegada mais ligeira.

A banda dosou de uma maneira inteligente os elementos agregados no novo disco para não perder a identidade de antes. Enquanto Lean On Me fortalece a típica linha dos versos pop e refrão pegajoso, Ever True mostra a criatividade da banda por implantar sintetizadores embalando uma new wave dançante.

Em termos simples, Dormarion é um disco pop mais "rebelde" e ainda divertido para eles e para nós.

Dormarion (2013)
-
01 - Power Lines
02 - Empathetic People
03 - Ghosts and Creatures
04 - Wires
05 - Lean On Me
06 - Symphony
07 - Dark To Light
08 - Little Hill
09 - Ever True
10 - Island #4
11 - Laissez-Faire
12 - You Take It Slowly